
Altamira 2042
Altamira 2042 é uma instauração performativa criada a partir do testemunho do rio Xingu sobre a barragem de Belo Monte. Aqui todos falam através de um mesmo dispositivo techno-xamânico: caixas de som e pen drives. Cada caixa de som porta uma voz, humana e não-humana, escutada nas margens do rio Xingu. Uma polifonia de seres, línguas, sonoridades e perspectivas tomam o espaço para abrir a escuta do público para vozes que tantos tentam silenciar.
É a partir desses sons, cantos e também imagens que a performer Gabriela Carneiro da Cunha articula, junto com o público, os diferentes momentos do trabalho: a abertura Rio y Rua, seguida por Dona Herondina, Seu Quebra Barragem e Aliendígena, onde a performer veste e apresenta as diferentes perspectivas desses três seres maquínicos-espirituais que protegem as águas e as matas e que tomam a palavra para mitologizar a História.
Assim a Barragem de Belo Monte vai deixando de ser simplesmente uma obra para se tornar o mito do inimigo.














Direção e criação: Gabriela Carneiro da Cunha e Rio Xingu
Orientação de direção: Cibele Forjaz
Diretor assistente: João Marcelo Iglesias
Assistente de direção: Clara Mor e Jimmy Wong
Orientação da pesquisa e interlocução artística: Dinah de Oliveira e Sonia Sobral
“Tramaturgia”: Raimunda Gomes Da Silva, João Pereira da Silva, Povos Indígenas Araweté E Juruna, Bel Juruna, Eliane Brum, Antonia Mello, Mc Rodrigo – Poeta Marginal, Mc Fernando, Thaís Santi, Thaís Mantovanelli, Marcelo Salazar E Lariza
Tecnologia / Programação / Automação: Bruno Carneiro e Computadores Fazem Arte.
Criação Multimídia: Bruno Carneiro e Rafael Frazão.
Imagens: Eryk Rocha, Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Clara Mor e Cibele Forjaz
Montagem de vídeo: João Marcelo Iglesias, Rafael Frazão e Gabriela Carneiro da Cunha
Montagem textual: Gabriela Carneiro da Cunha e João Marcelo Iglesias
Desenho sonoro: Felipe Storino e Bruno Carneiro
Figurinos: Carla Ferraz
Iluminação: Cibele Forjaz
Conceção instalativa: Carla Ferraz e Gabriela Carneiro da Cunha
Realização instalativa: Carla Ferraz, Cabeção e Ciro Schou
Design Visual: Rodrigo Barja
Trabalho Corporal: Paulo Mantuano e Mafalda Pequenino
Pesquisadores: Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Cibele Forjaz, Clara Mor, Dinah De Oliveira, Eliane Brum, Sonia Sobral, Mafalda Pequenino e Eryk Rocha
Diretora de Produção: Gabriela Gonçalves
Coprodução: Mitsp – Festival Internacional de Teatro de São Paulo e Festival FarOFFa
Produção: Corpo Rastreado e Aruac Filmes
Distribuição internacional: Judith Martin / Ligne Direct
Coprodução: Cultura em Expansão/CMP
Duração aprox: 90 min